incluído em The Plot Begins
Ciclo de performances híbridas proposto por Sónia Baptista, em que a ligação entre corpo e palavra e manifestações da natureza se relacionam com os ciclos lunares, e se apresentam ao público em noites de lua cheia.
Considerando a lua como elemento influente da matéria líquida presente na terra, pretende-se abordar as temáticas da fluidez entre pensamento, palavra e corpo, entre a ideia e acção ou inacção, entre o mundo tangível e intangível.
Convidam-se artistas, criativos, autores e intérpretes a refletir sobre a lua, a lua no imaginário popular, artístico e académico, as metáforas e correlações a ela associadas e as possibilidades de relação com os seu trabalho artístico e a criar um pequeno momento performativo que revela o resultado dessa pesquisa.
Cruzando as disciplinas da dança, teatro, música, spoken word, cada momento terá um artista associado que desencadeará por vezes, também, uma curta oficina de escrita criativa, pensada e ministrada em conjunto com Sónia Baptista, associada à performance apresentada e enraizado na peculiaridade do espaço, num laço entre forças telúricas e forças lunares.
Sónia Baptista é formada em Dança Contemporânea pelo Fórum Dança.
É mestra em Choreography and Performance pela Universidade de Roehampton em Londres, Reino Unido.
Em 2001, foi-lhe atribuído o Prémio Ribeiro da Fonte de Revelação na área da Dança pelo, então, Ministério da Cultura por Haikus (o seu primeiro trabalho). Desde aí o seu tem trabalho explorado e experimentado com as linguagens da Dança, Performance, Música, Literatura, Teatro e Vídeo, apresentando peças em vários Festivais e Teatros em Portugal e no estrangeiro. Coreógrafa, escritora e dramaturga, tem sete livros publicados.
Tem colaborado com a Escola Superior de Teatro e Cinema, Escola Superior de Dança, Fórum Dança e outras instituições de ensino, bem como com a CNB em diversos projectos pedagógicos e artísticos.
22 Agosto - THE PLOT BEGINS!
|we were moving so fast|
at least for now.
Concepção e performance: ANA LIBÓRIO e ANDRÉ LOUBET
what if the first time I met you I forgot to swallow on time?
what if I misunderstood the question?
what if after all this it didn’t stay?
what then… so what…
Ana Libório é uma performer e criadora com formação na Escola Superior de Teatro e Cinema (2015-17), no programa avançado em coreografia – Danceworks Berlin (Berlim, 2020-23) e mestre em Filosofia Estética pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2019-20).
Colabora com a companhia de Teatro Cão Solteiro, Sónia Baptista, Plataforma 285 e com o Artista Visual Bruno José Silva. Para além destas colaborações, trabalhou ainda com Francisco Camacho, Teatro Praga, Gary Hill, Christopher Brath Balley, Tiago Vieira, Ricardo Neves-Neves, Tiago Vieira, Isadora Alves Nunes, Margarida Correia, entre outros. Apresentou a sua primeira criação ” exposing it after it has already been revealed” na Rua das Gaivotas6 (2019) com a curadoria dos Teatro Praga e da companhia Silly Season, a segunda criação no festival Maps “Map|ping Resistance” em colaboração com artista Bruno José Silva (2019) e “Tragic – it´s so tragic” no TanzRaum em Berlim (2021), cruzando a sua actividade artística entre Lisboa e Berlim.
Foi distinguida com uma bolsa da DGArtes para estudar dança (DanceWorks) em Berlim e foi-lhe atribuído o título de Artista do Bairro 2020 pelo Cão Solteiro e Rua das Gaivotas6. Está envolvida em projetos activistas, nomeadamente a colaboração activa com a organização de Refugiados de Basileia, na Suíça, e com o colectivo s (not) quare, em Berlim.
21 Setembro - THE PLOT THICKENS
NUM ANO PARA ESQUECER
Atelier de escrita meditativa por MÓNICA ALQUIMIA
“num ano para esquecer / o meu amigo foi deus”, a partir da obra do mestre Matsuo Bashô e do Book of Longing de Leonard Cohen.
Usando o espaço natural em volta, o workshop propõe criar tempo para o alinhamento, uma reflexão íntima sobre o que têm sido os últimos dois anos. Utilizando não uma forma rígida, mas somente as palavras que servem o momento, parte-se da leitura para a escrita e termina-se novamente na leitura, agora não do outro mas de si. O que nos move, comove e demove?
Participação limitada a 15 inscrições para aadk.portugal@gmail.com
Gisela Casimiro (Bissau, 1984) é uma escritora, artista e activista portuguesa.
Publicou “Erosão”; e fez parte de várias antologias. Nos últimos anos assinou crónicas regulares no Hoje Macau, Buala, Contemporânea e Setenta e Quatro.
Escreveu ainda para a PROPS, Flanzine, Revista Pessoa, MIL Magazine, entre outros. Foi autora convidada de festivais na Turquia, Macau, Moçambique, Portugal e Alemanha. Integrou espectáculos no CCB, Pólo Cultural das Gaivotas, TBA e Teatro São Luiz. Realizou exposições individuais e colectivas no Mercado de Culturas, Armário, ZDB, Balcony, Casa do Capitão, Museu Nacional de Etnologia e Quetzal Art Center. Colabora com diversos teatros, museus, associações e festivais.
É criadora e moderadora do ciclo de conversas “Temos de falar”. Integra ainda o INMUNE e a UNA – União Negra das Artes. Detesta biografias.
UIVO-REFLEXO
Concepção e performance: JOANA LEVI
Um cio, uma água viva, de cartilagens semicirculares, satélite natural de qualquer corpo, de luminosidade efêmera, algo inacessível, consoante a posição em que esteja.
Joana Levi (Rio de Janeiro, 1975) é performer, encenadora e dramaturgista. Vive em Lisboa desde 2017. É formada em Filosofia/USP e mestra em Filosofia-Estética/FCSH-UNL. Sua criação mais recente, “Rasante”, estreou no Festival Alkantara 20′, no âmbito do ciclo “Terra Batida”. Nos últimos 10 anos tem se dedicado a projetos experimentais e colaborativos que forjam uma cena atravessada por diferentes linguagens (da performance ao teatro, da dança ao pensamento filosófico) e que evocam relações de tensão do tipo centro-periferia expressas em contextos e conflitos urbanos, (pós)coloniais e de gênero. Recentemente, colaborou com Carlota Lagido, Sónia Baptista, Rita Natálio, Gustavo Ciríaco, Julia Salem, entre outros. Anteriormente, no Brasil, destacam-se suas criações: “Museu Encantador” (MAM-RJ) em colaboração com Rita Natálio; “Rózà” (Casa do Povo-SP), com Martha Kiss Perrone; e “In_Trânsito”, (Prêmio Montagem Cênica-RJ), com Isabel Penoni/Cia Marginal. É cooperadora da Penha Sco_arte cooperativa (Lisboa), onde realiza programação de artes performativas e gestão de projetos.
20 Novembro - THE PLOT RETURNS
PARA RECEBER O INVERNO
Performance: TIRA MARAVILHA
Intuição. O futuro é eterno movimento e eu começo a sentir o frio. Nem belos casacos escondem o que existe dentro. Dentro de mim, mil mundos prontos para gerar calor. Sobreviver à hipotermia soprando as mãos e conquistar um lugar ao sol. Partilhas subjetivas ou também conhecida como performance para aliviar a saudade.
Tita Maravilha é artivista híbrida e inventora de universos.
Através da ideia de corpo político, traz nos seus processos artísticos as dores e as delícias de ser um corpo dissidente.
É atriz, cantora, performer e palhaça. Licenciada pela Universidade de Brasília em 2018, onde faz parte do grupo de pesquisa LPTV (Laboratório de performance e teatro do Vazio), gerido por Simone Reis. Integra as bandas brasileiras “Cantigas Boleráveis” e “Rainhas do Babado”. Em Portugal desenvolve juntamente com a artista CIGARRA o projecto de música electrónica e performance “TRYPAS-CORAÇÃO”.
Em 2020 desenvolveu a partir da proposta pelo grupo Silly Season o espetáculo EXERCÍCIO PARA PERFORMERS MEDÍOCRES, que estreou em novembro de 2021 na Rua das Gaivotas 6. Também em 2021, estreou seu terceiro experimento em Lisboa intitulado TITA NO PAÍS DAS MARAVILHAS, no festival EUFÉMIAS.
É uma artista urgente para a cena da arte contemporânea em Lisboa.
19 Dezembro - THE PLOT EXPANDS
É SÓ UMA FASE
Atelier de escrita por: SÓNIA BAPTISTA
M
Performance: DANIEL PIZAMIGLIO
M é uma cor. M é um coração enorme no meio do espaço. M é uma lista de palavras começadas por M.
M é fazer o luto no texto, no corpo e convosco. M é um legado. O legado da M.
Daniel Pizamiglio é performer e criador brasileiro.
De 2008 a 2010 fez o Curso Técnico em Dança de Fortaleza. Durante este período encontrou o coreógrafo João Fiadeiro e a partir deste encontro mudou-se para Lisboa em 2012, onde actualmente vive e trabalha.
Desde então: estuda e pratica a Composição em Tempo Real; participou no Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica do Forum Dança (2015-16); tem colaborado como intérprete, co-criador e assistente de direcção com diferentes artistas.
No seu trabalho autoral, procura um encontro entre a poesia e o corpo (“Dança Concreta”) e como activar a corporalidade dos afectos e da relação (“Preste Atenção Em Tudo A Partir de Agora”).
ODE
Concerto: PATRÍCIA ANDRADE e DIOGO MELO
Uma viagem à desmultiplicação vocal/efeitos sonoros através da improvisação.
“Serenar o tempo
Numa noite escura
No fundo do dia
Perdoa a memória
A alma tropeça de fora para dentro
E as minhas mãos , adormecem o alento
Nas brumas baldias
Sem vozes, vazias
Água que dorme em pele pura, cala o corpo longe de culpa.”
Patrícia Andrade, nasce a 17 de Janeiro de 1976, em Lisboa. Frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema. Membro do Teatro do Eléctrico, participa em “Manual” como actriz e co-autora com Ricardo Neves-Neves. Participa também nas seguintes produções do Teatro do Eléctrico: “O Solene Resgate” de Ricardo Neves-Neves, “Mary Poppins, a Mulher que Salvou o Mundo” de Ricardo Neves-Neves, “A Morte de Dona Luciana”, de Copi, encenação de Ricardo Neves-Neves. “Alice no País das Maravilhas”, encenação de Maria João Luís e Ricardo Neves Neves , co-produção Teatro do Eléctrico/Teatro da Terra/Teatro Nacional D. Maria II. Com o Teatro do Mar colabora nas produções de: “Daimonion”, “Nusquam” e “Solum”. Na Karnart participa como performer em: “Visões de Cemitério de Pianos”, a partir da obra de José Luís Peixoto, encenação de Luís Castro e “Torre de La Défense”, de Copi, encenação de Luís Castro. Como vocalista da banda Sinistro, realiza várias digressões pela Europa, com as seguintes bandas: SubRosa, Cult of Luna, Mono, Alcest e Paradise Lost, tendo participado em vários festivais: Roadburn(Holanda), Graspop (Bélgica), Damnation (Inglaterra), Eistnaflug (Islândia), Amplifest (Portugal), Inferno (Noruega),Inferno Fest (Chile), entre outros. Actualmente, tem em cena o espectáculo, “A Voz Humana”, como actriz e encenadora com David Pereira Bastos, produção: Teatro do Eléctrico.
Diogo Melo (1984, Lisboa) frequentou o Mestrado em Engenharia Electrónica e de Telecomunicações no ISEL e Pós-Graduação em Arte Sonora pela FBAUL, estudando também piano clássico. Desenvolve o seu trabalho utilizando o som sobre diferentes lentes, desde música, instalação, field recordings e desenvolvimento de instrumentos musicais.
Colaborou com artistas como Sónia Baptista, Miguel Bonneville, André de Campos, Ana Guedes, Rita Vilhena, Yael Karavan, Violeta Luz e Ana Libório.
Em Julho de 2020 apresentou como criador e intérprete a sua criação “Leitura à Primeira Vista” na Galeria Zaratan. Em Setembro de 2021 apresentou a performance “Here Is The Place” na Rua das Gaivotas 6.
Criou e gere o programa de residências para música e arte sonora Electronic Warfare, direcionado a artistas plásticos, performers e músicos.
Como músico compôs e misturou a banda sonora das curtas-metragens: “SAL”, de André Santos e Mariana Machado, apresentada no festival MAR Out do Teatro do Mar em 2020; “Very Very Funny”, de André Santos e Mariana Machado, apresentada no festival Imaginarius em Santa Maria da Feira em 2021; “Our Skin”, de Rita Vilhena e Yael Karavan, realizado por Francisca Manuel em 2021.